terça-feira, 29 de julho de 2014

Especialista Lia Salgado, orienta como evitar o nervosismo na hora da prova


Estudar, comer. Estudar, dormir. Acordar para estudar. Tempo escasso para se divertir e até mesmo descansar. Eis a rotina conhecida de todo concurseiro típico que, em meio a livros, cadernos e anotações, ainda convive com a pressão e a angústia pela aprovação. Fatores que só aumentam a cada minuto, conforme se aproxima o dia da prova. Sentimentos naturais, sem dúvida. Mas que, quando não controlados, podem se revelar adversários internos que, no momento crucial, podem atrapalhar o desempenho e colocar em xeque toda a preparação. Fazer a sonhada aprovação escorrer por entre os dedos, ir por água abaixo. Para baixar o nível de estresse no dia da prova, a consultora em concursos públicos Lia Salgado indica a prática de atividade aeróbica durante toda a preparação. "Ela ajuda a controlar os níveis de estresse e também produz neurotransmissores, o que é excelente", justifica. Diminuir o ritmo de estudos na última semana também é recomendação da consultora. "Utilize esse tempo apenas para as revisões finais e memorização de detalhes, como fórmulas e prazos", aconselha.


Na véspera, o candidato deve se organizar para a prova. Deixar para o próprio dia a separação de documentos e materiais é um risco que não pode ser experimentado. Concurseira experiente e aprovada em três concursos para a área jurídica do Estado do Rio de Janeiro, o último para analista processual do Ministério Público, Débora Alves de Oliveira faz um alerta neste sentido. "Na véspera da prova é hora de organizar tudo que será necessário: documentação, lanche, comprovante de inscrição...", enumera. Sem esse cuidado, o risco de alguma coisa falhar na hora da avaliação aumenta. Foi o que aconteceu com Vinicius Augusto Henrique, policial civil que, quando foi fazer o teste físico para ingressar na instituição, esqueceu o exame médico. Um parente precisou se deslocar cerca de 30 km para levar o documento a tempo.


Uma boa noite de sono no dia anterior também é fundamental. Muitas vezes, a insônia prejudica o candidato. Carine Salvaterra, professora de Educação Física de 28 anos, dormiu bem no meio do vestibular. "Eu lembro que fui fazer a prova e as questões de História continham textos gigantes. Apaguei e acordei com uma candidata olhando pra mim", se diverte ela, hoje. Para evitar situações peculiares como essa, Lia Salgado recomenda beber um chá natural e fazer respirações pausadas e profundas na hora de dormir. Mas recorrer a remédios, do tipo tranquilizantes, nem pensar. "São perigosos. Ainda mais em véspera de prova, já que o candidato precisará estar com o cérebro em excelente desempenho", atesta.
        O auge do nervosismo é o momento da prova. Enquanto estiver fazendo as questões, Lia recomenda o consumo de carboidrato a cada três horas, o que ajuda a manter o cérebro ativo. "O candidato deverá levar barra de cereais, frutas ou biscoitos para a sala, desde que não haja proibições indicadas no edital", afirma. E para administrar o tempo para responder às questões, motivo de desespero de muitos, a especialista ensina que a ordem de respostas das disciplinas deverá ser escolhida na semana anterior, e não em cima da hora. "É preciso reservar 30 minutos, aproximadamente, para a marcação do cartão-resposta. Feito isso, o candidato pode dividir o tempo que restou pelo número de questões que haverá em cada disciplina, observando as questões com cálculo, que costumam ocupar mais tempo. Por fim, reservar 15 minutos como uma espécie de coringa, para qualquer eventualidade". 


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